"Esta sou EU..."

Meu nome é Luanna Dâmaso e recentemente passei pela maior perda que uma mãe pode ter, "perder seu filho". Meu amado Enzo Luiz estava apenas com dois dias de nascido e infelizmente devido a problemas de saúde (cardiopatia congênita e membrana hialina) teve que retornar ao céu...
No entanto, fiz para ele este espaço, pequeno e simples para homenageá-lo...

Anjo pequenino - mamãe, papai e seu amado irmãozinho te amam...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Luto...

Um luto nunca se parece com outro; e mais ainda porque o luto não é um sentimento, é um turbilhão deles. A cada momento, os sentimentos diversos (e conflitantes, e contraditórios) se rearranjam em uma composição diferente e inesperada. O luto, enfim, é uma tempestade dentro do coração. A maioria de nós consegue sim, resistir a essa tempestade; assim como cada luto é único, cada individuo parece também dispor de estratégias próprias para conviver com o luto até que ele amaine. É comum que na tentativa de confortar o enlutado, as pessoas que o cercam, os profissionais de saúde e os livros de autoajuda proponham receitas (deve-se falar sobre os sentimentos, e não guardá-los; deve-se agir, e não cair na introspecção; deve-se pensar nos que ainda estão vivos, e não em quem se foi. O que estudos recentes indicam, porém é que essas regras podem ajudar alguns enlutados, mas não todos, nem qualquer um. Quando funcionam é mais por acaso estatístico do que por solidez científica ou empírica. Há uma crença generalizada de que o luto é uma espécie de tarefa, algo que é preciso enfrentar, trabalhar, digerir e abraçar. Salvo exceções, o luto não requer que o enlutado brigue com a dor ou consigo mesmo. Se ele se entrega ao desespero em toda a sua intensidade ou "ausenta-se" de si e de seu entorno, se prefere falar ou calar, ainda que as aparências sugiram o contrário, cada um de nós tende a responder de maneira mais eficaz possível aos instintivos da sobrevivência psíquica e da superação. São muitos os aspectos que influenciam o caminho que o luto vai percorrer. O mais importante deles é a intensidade do vínculo que se mantinha com a pessoa falecida: quanto mais amor, mais dor. Processar todos os fatores das circunstâncias da morte é árduo, infinitamente dolorido e demorado, e também é normal.

*Resumo da matéria da Revista Veja (23 de fevereiro de 2011).

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

7 meses...

Meu pequeno tesouro, hoje você estaria fazendo 7 meses. Penso todos os dias em como você estaria, o que estaria fazendo, nos sorrisos, no som da sua"voz" ao brincar com a mamãe, mas no lugar disso tudo ficou somente suposições, saudades e tristezas. Outra noite sonhei com você, mas como sempre não pude tê-lo nos braços e mais uma vez me senti frustada. Seu irmão também sente muito sua falta, ultimamente ele tem tido momentos de tristeza mas nunca fala nada para a mamãe; e também sempre quando vamos a algum lugar que tem alguém com um bebê e uma outra criança ele olha para eles então olha para mim com um olhar vazio, um olhar de dó dos meus sentimentos e ao mesmo tempo de "saudade" por não ter vivido estes momentos com você. Aquele tempo que todos disseram que só iria ajudar por amenizar as coisas, eu não penso dessa forma, acho que não ameniza apenas transforma. Meu filho a mamãe fica por aqui pois a emoção não me deixa mais escrever nada, nem tão pouco pensar direito. Abraços de uma mãe saudosa e de uma certa forma "desesperada". 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

VEM E AJUDA

Repara além das rosas do teu horto,
Onde a luz do teu sonho brilha e mora,
Os romeiros que seguem, vida a fora,
Padecendo aflição e desconforto.

Infortunados náufragos sem porto,
Tristes, rogando a paz de nova aurora,
Levam consigo a dor que clama e chora,
Sob as chagas do peito quase morto...

Não te detenhas!...Vem, socorre e ajuda
A multidão que passa, inquieta e muda,
Implorando-te amor, consolo e abrigo!

Reparte o pão que te enriquece a mesa,
Estendendo o teu horto de beleza,
E o Mestre Amado habitará contigo.

                                                    (Do livro:Auta de Souza, Psicografia de Chico Xavier)

MORTOS AMADOS...


   Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.
   Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram...
   Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espirito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e segurança dos entes inesqueciveis que te antecederam na Vida Maior.
   Lembra a criatura querida que não mais compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisivel mas não de todo ausente...
   Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquiliza-los com apoio de tua conformidade e de teu amor.
   Se te deixas vencer pela angústia, ao recorda-lhes a imagem; sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas...
   Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quando possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem ADEUS.
                                                        
                                                  (FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/ JOSÉ HERCULANO PIRES)