"Esta sou EU..."

Meu nome é Luanna Dâmaso e recentemente passei pela maior perda que uma mãe pode ter, "perder seu filho". Meu amado Enzo Luiz estava apenas com dois dias de nascido e infelizmente devido a problemas de saúde (cardiopatia congênita e membrana hialina) teve que retornar ao céu...
No entanto, fiz para ele este espaço, pequeno e simples para homenageá-lo...

Anjo pequenino - mamãe, papai e seu amado irmãozinho te amam...

domingo, 17 de abril de 2011

9 Meses...

É engraçado como o tempo passou, de certa forma até rápido demais e parece que tudo ainda está como antes, pelo menos para mim. Não sei se será sempre assim, mas em dias como este não tenho vontade de muita coisa não, prefiro ficar em casa e ninguém compreende isso, talvez por ninguém sentir o que sinto, da forma como sinto. A falta ainda me sufoca, ainda me deixa atordoada em certos momentos, principalmente nos dias que deveria ser comemorados (como há dois dias atrás, que meu anjo estaria fazendo noves meses de vida). Gosataria muito que todos compreendessem que não é por graça que as vezes me isolo, não é para chamar a atenção e nem para ficar eternizando sofrimento, é simplesmente pelo fato de realmente não me sentir bem e nem me sentir atraida por certos programas. Em dias como esse, gostaria de nem mesmo sair da cama, mas tenho um filho aqui ao meu lado que não merece passar por toda essa dor novamente então é mais um motivo para que eu deixe com que ele saia e passeie, que aproveite momentos que eu não posso proporcionar a ele nestes dias. Está sendo uma semana difícil, mas tenho certeza que dias melhores virão; e sempre veem, amanhã estarei melhor e em outros dias iguais, mas na certeza que se vive um dia de cada vez...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Crianças de Realengo - RJ

Quanta tristeza ver o que aconteceu com aquelas crianças, tão indefesas diante de tamanha injustiça. Entristeço em pensar que junto com estas crianças foram os sonhos de suas famílias, são doze pais que sofrem, são doze pais que terão que tirar um prato da mesa, são doze casas que não contara com os risos, alegrias, conversas e tantos outros acontecimentos. É triste ver que estas pessoas terão que aprender a conviver com esta dor que dilacera, que toma conta do coração e dos pensamentos; é triste pensar que o tempo irá passar mesmo que este se arraste, mas é assim que acontece; o tempo não para, o tempo não nos espera cicatrizar as feridas e muitas pessoas ainda acham que ele ajuda, mas na verdade apenas transforma o desespero do início da perda em sentimento único para cada ser envolvido na história, neste caso, na tragédia.
Que estas famílias assim como estas crianças consigam achar a paz que tanto necessitam, que este algoz tenha também esta mesma paz, pois somos todos filhos do mesmo criador e cabe a ELE dar-nos a cruz para carregar; o fardo pesado ou leve; assim também como só cabe a ELE o nosso julgamento perante a morte.