"Esta sou EU..."

Meu nome é Luanna Dâmaso e recentemente passei pela maior perda que uma mãe pode ter, "perder seu filho". Meu amado Enzo Luiz estava apenas com dois dias de nascido e infelizmente devido a problemas de saúde (cardiopatia congênita e membrana hialina) teve que retornar ao céu...
No entanto, fiz para ele este espaço, pequeno e simples para homenageá-lo...

Anjo pequenino - mamãe, papai e seu amado irmãozinho te amam...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O que “dizer” ou “não dizer” para os pais que perderam filhos.

São poucas as situações que causam tanto desconforto quanto a morte. Ainda que se saiba que ela é inevitável e faz parte do curso natural da vida, ao acontecer na sua casa ou no seu grupo de amigos, não há quem fique indiferente.
Quando a morte inverte o curso da vida, e um filho morre antes dos seus pais, é muito comum que as pessoas não saibam o que dizer, como lidar com a situação e muitas vezes confundem-se entre seus próprios sentimentos e temores, sem saber como agir para ajudar as pessoas que sofrem.
No acompanhamento ao Grupo de Apoio para pais que perderam filhos da Fundação Thiago Gonzaga, escutamos muitos relatos de pais e mães sobre o que os ajuda na hora em que seus filhos se vão. São inúmeras as questões que surgem diante desta situação.
01 - O que dizer para os pais que perderam seu filho?
02 - Quando falar?
03 - Quem deve falar?
04 - O que fazer com o quarto e com os pertences do filho?
05 - É possível consolar? De que forma?
06 - Dá para falar do filho?
07 - Se não falar no nome dele é mais fácil esquecer?
08 - Quanto tempo leva para que as coisas voltem ao “normal”?
09 - O que fazer nas datas comemorativas?
10 - Como ajudar, então?
11 - Onde procurar ajuda?
12 - O que não falar?

É claro que as respostas não são unânimes e nem adequadas para todos os casos. Porém o trabalho com estes pais nos indica o que é possível se fazer diante da dor da perda onde, muitas vezes, o silêncio ajuda mais que muitas palavras.
Os primeiros momentos da perda, para muitos pais são sentidos como se estivessem num sonho ruim e daqui a pouco irão acordar. As pessoas que os conhecem, principalmente, os familiares, que também estão sentindo muito, buscam alternativas de consolo, que possam dar conta dos mais variados sentimentos. E é natural que se tente fazer algo, então se oferece medicamentos, livros espíritas, orações e muitas, muitas frases de consolo: “Deus quis assim”, “era a hora dele”, “a vida continua”, “ele era um jovem especial” “ele era iluminado”, e outras nem tanto, “cada um recebe a carga que pode carregar”, “eu sei o que tu estas passando perdi minha avó”, “eu no teu lugar também morreria”, etc.

Frases como estas num primeiro momento causam estranheza, pois não se consegue pensar ainda na situação como algo real, e depois causam sensações de indignação.

Primeiro por que qualquer mãe ou pai trocaria um filho iluminado, por um filho vivo. Quando a frase invoca Deus, até os que têm mais fé se perguntam “cadê Deus que não cuidou do meu filho”, “que Deus é esse que permite que os filhos se vão antes dos pais”. Que a vida continua todos sabem, e na mais dolorosa das dores, pensar nisso aumenta ainda mais o vazio de continuar sem a presença da pessoa amada. Comparar a perda de um filho, com qualquer outra é injusta, pois como foi falado no inicio do texto, é contra a ordem natural. Os filhos são a continuidade dos pais, que agora se encontram impossibilitados de se projetarem neles, e sem a chance de recuperá-los. Em hipótese alguma queremos dizer que qualquer outra perda seja fácil ou não tenha valor. Apenas que dor não deve ser comparada, nem medida.

01 - O que dizer para os pais que perderam um filho?
Força. Conta comigo. Estou a tua disposição. Tu não esta sozinho. Em que posso ajudar. Dar um abraço carinhoso e silencioso.

02 - Quando falar?
Sempre que houver oportunidade.

03 - Quem deve falar?
Todas as pessoas que estiverem solidárias naquele momento, mas principalmente os amigos e familiares.

04 - O que fazer com o quarto e com os pertences do filho?
Num primeiro momento nada. Deixar a família decidir no tempo em que eles acharem adequado. Muitas vezes os amigos querem ficar com alguma lembrança, e na maioria delas os pais não se importam em dar. Desde que se tenha intimidade suficiente com os amigos para isso. Outras vezes são os irmãos que pegam as roupas para usar isto é notado, por muitos pais, como uma homenagem, uma forma de demonstrar carinho e permite que se fale sobre a pessoa que se foi de forma natural e real.

05 - É possível consolar? De que forma?
Uma família que perde um jovem é muito assediada, num primeiro momento, são os amigos, familiares, vizinhos, colegas, etc. A medida em que o tempo vai passando e as pessoas vão retomando sua rotina, “pois a vida continua” para todos, é que para os pais e familiares mais diretos, a realidade começa a se impor. As pessoas já não querem mais falar sobre o que aconteceu, como se não falando ajudasse a esquecer ou a não doer.
Ao contrário de outras perdas, o tempo, no caso dos pais, no começo não é um bom aliado, e quanto mais os dias vão passando, mais aguda fica a dor da realidade. O tempo cronológico de perda não é o mesmo da assimilação. Dói ver a rotina sem o filho. A vida não é mais a mesma, ela não continua, ela recomeçou sem aquela pessoa, e com uma história interrompida. Nada é igual a família modifica, falta um prato na mesa, tem alguém que não entra mais pela porta dizendo “família cheguei”, ou “mãe, pai sou eu”, ou ainda “o que tem para comer”. Não se escuta mais o mesmo barulho na casa, a chave abrindo a porta de madrugada, nem o mesmo entra sai de amigos, não há mais musica alta, nem folia, computador e telefone ocupados o tempo todo, festa todo o final de semana ou porta de quarto fechada cheirando a segredo.
É esta a realidade que machuca. É essa realidade que só se instala na casa e na vida de quem perdeu. Para os pais dói ir ao supermercado e não comprar aquilo que estavam acostumados a fazer automaticamente, as coisas preferidas do filho. Dói colocar na mesa a comida que ele amava comer, fazer o caminho do colégio, chegar à hora do almoço. Anoitecer. Sim são estes os detalhes mais delicados de se lidar, e que passam despercebidos por quem não compartilha a rotina. Consolar talvez não seja o mais adequado, sugiro agüentar a dor do amigo, deixá-lo falar, respeitar seu silêncio, seu tempo. Não há consolo para esta situação. È necessário disponibilidade para estar perto sem ser invasivo, sem exigir uma reação imediata.

06 - Dá para falar do filho?
Sempre que as pessoas da família se mostrarem dispostas a isso. Pois nem todos têm facilidade para tocar no assunto a qualquer momento. Outros gostam de falar no filho como se ele estivesse presente, e está, no seu coração. Outros não gostam ou naquele momento não querem falar. É preciso sensibilidade e sutileza diante desta situação.

07 - Se não falar no nome dele é mais fácil esquecer?
Os pais não esquecem. Talvez seja complicado para as pessoas que estão de fora tocar no assunto. Por isso deve se respeitar o momento de cada um. E até mesmo perguntar se quer falar no assunto ou não, o que não pode é fazer que nada aconteceu, como se a pessoa não tivesse existido ou que esta tudo bem.

08 - Quanto tempo leva para que as coisas voltem ao “normal”?
A normalidade almejada ou esperada e que se tinha antes, não existe mais. Um pai esquecer seu filho, é improvável. O que acontece é um aprender lento a viver sem a presença do filho. É um aprender a lidar com a saudade, com os dias sem ele, com a datas comemorativas, num tempo que é singular. É necessário que se respeite a nova configuração familiar, o tempo de cada um, e as modificações que vão ocorrendo nas pessoas.

09 - O que fazer nas datas comemorativas?
Os pais que perdem um filho perdem também a motivação e a empolgação para comemorar qualquer data. O seu conceito sobre comemorações, felicitações, bem como o seu ânimo para festas fica alterado. O conceito de felicidade modifica. Passa-se a reconhecer os momentos felizes, e estes são muito diferentes do que já foi um dia. Não é mais a mesma coisa comemorar um ano novo, dia das mães, dos pais, aniversário, natal, etc. É claro que se comemora, que se sente alegria, mas falta um pedaço, nada mais é completo e por mais que se tente, falta uma pessoa importante, amada e que não é esquecida.
O convite dos amigos e familiares é sempre bem vindo, desde que não seja uma imposição, que não se exija felicidade plena, alegria transbordante ou o mesmo comportamento de antes. Desde que não se negue que o amigo convidado perdeu um filho e se possa lidar com isso de forma natural.

10 - Como ajudar, então?
Colocando-se a disposição. Dando o tempo necessário para que as pessoas retomem suas vidas. Ligando às vezes para saber como estão, se precisam de alguma coisa, se querem conversar, receber visita ou visitar. Respeitando seus altos e baixos. Não exigindo que reajam como se o que aconteceu fosse um evento banal “já passaram três meses, a vida continua, tem que reagir”. A memória é atemporal. Quando a lembrança volta, não importa o tempo que passou, parece que foi hoje. Falando quando se permitir falar e ouvindo sempre que for necessário. Não passando a mão pela cabeça como se o sofrimento fosse a única coisa que lhes resta. Mas apontando saídas, não duvidando da dor, mas dizendo que é sim possível se reconstruir a vida, diferente daquela que existiu, mas nem por isso pior. Exercendo a capacidade de acolhimento e não de pena. Tratando as pessoas não como doentes, elas não estão doentes, estão aprendendo a viver sem o filho. Colocando-se no lugar dessas pessoas, por mais difícil e assustador que possa parecer, e se perguntado o que me ajudaria nesta situação?!
Cada pessoa reage diante de uma situação traumatizante, de acordo com a sua estrutura psíquica. Contar com uma rede de apoio saudável é muito importante. Ter espaço para expor seus sentimentos é fundamental para que se estabeleçam as mudanças que são inerentes à perda. Mudança de valores, de hábitos, de conceitos, de interesses, etc.

11 - Onde procurar ajuda?
Muitos pais são levados a psiquiatras, padres, centro espíritas, psicólogos, etc. No intuito de que algo seja feito de imediato. É claro que alguns cuidados são necessários e imediatos, cuidados com a alimentação, com o sono, com a tristeza que pode evoluir para depressão. Porém é necessário que se respeite o jeito de cada um de lidar com a situação, pois nem todas gostam de utilizar medicamentos e estes devem ser usados com orientação médica e com cautela. Luto não é doença e a dor que ele traz não cura com analgésico. À vontade de morrer é diferente do risco de se matar, e um profissional capacitado deverá saber diferenciar estes sentimentos. A procura por um padre ou centro espírita, pode ser sugerida, jamais imposta. Deve se respeitar à fé de cada um e até mesmo a falta dela.
Os psicólogos e médicos que irão trabalhar com pais, devem saber que estão diante de um tipo de luto muito particular, e que pode não responder da mesma forma que os outros tipos, em hipótese alguma, dizemos que será pior, porém com outras características e tempo de reação.

12 - O que não falar?
Não importa a forma como o filho partiu, se foi em acidente, em um assalto, por doença, etc. Falar sobre o assunto é muito delicado. Relatar fatos e detalhes só para satisfazer a curiosidade de quem pergunta é muito dolorido. Os questionamentos sobre os detalhes do que aconteceu, talvez sejam os mais inconvenientes e os que mais machucam os pais, principalmente quando parte de pessoas com as quais não se tem intimidade, nem amizade e muitas vezes nem contato. Essa situação só pode ser pior, nos momentos em que estas mesmas pessoas vem querer contar algum detalhe desconhecido, ou algum fato chocante relacionado ao ocorrido. Duvida-se até das intenções dessas pessoas. Será que estão mesmo a fim de ajudar? Será que querem apenas saber qual a reação, o grau de comoção, ou será que lhes faz bem a tristeza do outro?
Então, antes de perguntar aos pais algum detalhe sobre o acontecido, sugerimos que se pense para que vai lhe servir esta informação, se for simplesmente para satisfazer a sua curiosidade, talvez seja melhor conter-se e não perguntar; se for para ajudar a esclarecer alguma duvida ou para contribuir com alguma colocação coerente para clarear algum fato, que se faça com sutileza e respeito.

Como ajudar um casal que acabou de perder um BEBÊ

Cada pai e mãe responde de um jeito diferente à dolorosa perda de um aborto espontâneo ou à morte de um bebê, e vive o luto à sua própria maneira, por isso fica muito difícil saber como ajudar. Nessas horas, o melhor que um amigo ou parente tem a fazer é se colocar à disposição para auxiliar no que for preciso, oferecer seu apoio irrestrito e ser sensível à situação.


O que fazer:

• Ouça o que os pais têm a dizer sobre a perda. Algumas pessoas acham que só é possível sentir tristeza por uma criança que chegou a viver algum tempo, mas o amor dos pais por um bebê não pode ser medido em semanas ou meses. Trata-se de uma relação que começa bem antes do nascimento. Não importa se o bebê morreu ainda no útero ou nos primeiros dias de vida-- a dor dos pais reflete o fim de esperanças, sonhos e expectativas para o futuro.

• Visite, telefone, mande um email ou uma planta. Passe por cima do desconforto da situação e mostre-se presente. Muitos pais e mães sentem-se absolutamente sozinhos depois da perda, e uma ligação mostrará que há pessoas pensando e torcendo por eles. Não se ofenda, contudo, se eles demorarem ou não retornarem o seu telefonema.

• Expresse o quanto sente pelo que aconteceu, mesmo que seja para dizer "Sinto muito", "Não posso nem imaginar como você deve estar se sentindo" ou "Só queria te dizer que estou pensando em você".

• Dê um abraço apertado também no pai, e não só na mãe, porque ele também precisa de apoio.

• Não tenha receio de conversar sobre a perda. Ao perguntar "Como vocês estão indo?", você dá chance aos pais de botar para fora o que estão sentindo. Não são todas as pessoas que preferem falar, mas muitas vão se sentir melhor. Deixe que eles contem o que desejarem, mesmo que sejam detalhes desagradáveis. Não tenha medo de demonstrar os seus próprios sentimentos. Não tem problema chorar na frente deles, nem deixar que eles chorem na sua frente.

• Lembre-se das datas importantes nas próximas semanas e meses, como quando o bebê deveria ter nascido, aniversário da morte, Dia das Mães e dos Pais. Um telefonema ou visita nessas horas será especial para seus amigos.

• Ofereça ajuda específica, em vez de dizer "Se precisar de alguma coisa, é só avisar". Muitas pessoas que vivem momentos difíceis não se sentem à vontade de pedir nada, seja ao vivo ou por telefone. É geralmente melhor perguntar alguma coisa direta, como "Vou ao supermercado mais tarde. Do que vocês estão precisando? Posso trazer" ou "Vou pegar as crianças aí amanhã, assim vocês descansam um pouco".

• Esteja ciente de que alguém que acabou de perder um bebê pode ter dificuldade de ficar perto de uma amiga grávida ou com crianças pequenas. Por outro lado, muitos casais se ressentem porque os amigos com bebês parecem evitá-los. Assim sendo, se você está grávida ou tem uma criança novinha e pretende visitar, é sempre bom perguntar se não tem problema ou vai causar algum incômodo.

O que NÃO fazer:

• Não "fuja" da família por não saber o que dizer. Não espere para conversar com eles só quando souber o que é "mais certo" dizer em uma hora dessas. Evite falar que sabe o que eles estão sentindo, a menos que realmente tenha passado por uma experiência semelhante. Limite-se a expressar seu pesar de uma maneira sincera e, acima de tudo, esteja lá para ouvi-los, mesmo que em silêncio.

• Não fique teorizando sobre como um pai ou mãe nessa situação deveriam se sentir. Cada uma reage às adversidades à sua maneira e a seu tempo. Ficar sugerindo, por exemplo, que alguém deve ser forte ou que já deveria ter superado a perda provavelmente piora o estado de espírito da pessoa, assim como incentivar a chorar quando isso não vem naturalmente.

• Não tente encontrar um jeito de explicar o que aconteceu, dizendo, por exemplo "Deus sabe o que faz" ou "Foi melhor assim". Não é hora também de sugerir "Logo logo vocês tentam de novo". Embora suas intenções sejam boas, esse tipo de declaração não ajuda em nada nesse momento.

• Não subestime o impacto da perda nos irmãos, mesmo que eles sejam pequenos. As crianças costumam entender bem mais do que demonstram. Se você for próxima, converse e dê atenção a elas também.

• Não presuma que uma nova gravidez ou outro bebê vai apagar a dor pela perda anterior. Crianças não são substituíveis, e a maioria dos pais e mães continua a carregar a tristeza pela perda por muitos e muitos anos.

18 dicas para a elaboração do luto

 1. Alimente-se bem e durma bastante.
2. Crie momentos de férias para o luto no sentido de recuperar energias.
3. Quebre a rotina com períodos de descanso.
4. Exprima suas emoções através de filmes, leituras de livros, conversas.
5. Procure momentos de solitude para refletir sobre o luto.
6. Procure alguém que o saiba escutar.
7. Diga para você que essa fase vai passar.
8. Evite tomar grandes decisões.
9. Fuja das pessoas que esgotam suas energias.
10. Prefira massagens a tranqüilizantes.
11. Rodeie-se de seres vivos (plantas, animais).
12. Aprenda a calar a voz interna culpabilizante.
13. Aprenda a entoar frases de amor: a minha mãe gosta de mim, o meu marido me ama, o meu cão me adora.
14. Aprenda que nunca esquecerá o ser amado que partiu, ainda que pouco a pouco vá conseguindo deixar de pensar constantemente nele.
15. Anime-se com pequenos progressos.
16. Não se inquiete com retornos repentinos de tristeza. É um recuo temporário.
17. Não tenha pressa de se curar. Evite o falso bem estar.
18. Reencontre suas fontes espirituais.

A DOR DE CADA UM!





A DOR DE CADA UM!
Pr. Estevam Fernandes de Oliveira

Casa um traz consigo uma certa dose de mistério. É o jeito de cada um. São peculariedades que tornam cada sr humano um ser único, com reações próprias, com especificidades que vão do gosto ao desgosto, do sorrir ao chorar.

Na verdade ninguém é igual a outrem, inclusive na forma de sentir sua própria dor. Existe a dor de cada um.

Todos temos diferente graus de sensibilidade. Nem sempre os que estão perto de nós entendem as razões e a intensidade de nossa dor.

São sentimentos muito íntimos, são experiências muito pessoais. Os fatos da vida ganham ou perdem sentido quando afetam a nossa sensibilidade. Por isso mesmo, ainda que haja uma massificação do sofrimento, como ocorre nas tragédias coletivas, ainda assim existirá a dor de cada um.

A vezes numa mesma casa, sob um mesmo teto, um chora e outro ri, ou numa mesma cama, sob o mesmo lençol um dorme em paz e o outro agoniza em dor.

Dai conhecer alguém em profundidade, é acima de tudo, entender a voz do coração, que muitas vezes, é exteriorizada pela linguagem das lágrimas.

Os relacionamento mais significativos como maridos e esposas, pais e filhos, amigos e namorados deixam marcas profundas em nós inclusive de sofrimento.

Toda relação positiva exige um respeito par com a dor do outro. Esse respeito se dá quando não menosprezamos as lágrimas de alguém e tentamos entender as razões de seu sofrimento.

A dor de cada um é também a maneira como individualmente expressamos nossas frustrações, amarguras, desencantos, perplexidade, tristezas e lamentos.

É uma forma bem humana de rejeitarmos a dor, é uma maneira corajosa de revelarmos nossa interioridade.

Estranhamente também a dor é uma espécie de combustível para a vida. Uma força que nos obriga a olhar a olhar sempre para a frente, com os olhos da esperança. é o aprendizado, silencioso de quem valoriza suas ´próprias lágrimas.

As grandes perdas, o luto, as enfermidades, o término de relacionamentos, as ingratidões, as tragédias, enfim as experiências dolorosas da vida acabam injetando em nós a vontade de viver, o desejo de superação. É a dor como semente de vida.

Na experiência da dor Deus se revela como amigo fiel, trazendo consolo, proteção e fortaleza. Ele é o socorro bem presente na angústia.

Por ser o Pai de todos, Ele está sempre presente na DOR DE CADA UM!

PRECE DO FERIDO CORAÇÃO

Entra, divino Amigo, entra.
Sê complacente, porém, pois em meu íntimo
tudo está desarrumado e em dores.
Humana e precariamente,
meu coração é um ninho desfeito
pelos abalos da tormenta,
no qual pulsa a marca da saudade...
a pesada presença de uma ausência.

Entra, Senhor.
Preciso da tua luz nesta sombra
em que gemo e choro e espero
a criança que não voltará
aos meus braços.
Tu que livraste endemoninhados,
livra-me do demônio da solidão;
Tu, cujas mãos tocaram enfermos
tirando-lhes males de tantos anos,
toca este meu coração que parece bater
na doença do inconformismo.

E se me é necessária dor tamanha,
entra e fica comigo neste transe duro,
porque a tua presença, Amigo Amado,
é o suficiente amparo
para que haja em meu sofrer dignidade,
e esperança em meu desespero.

Vem, Amigo. Ensina-me a grandeza
dos calvários. Engrandece a minha pequenez.

Mais Uma Vez (Jota Quest)

Mais Uma Vez
Jota Quest

Te amo com a certeza
De que você pode ir
Te tenho com a certeza
De que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntas
Conseguimos ir mais longe

Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos duas
A nossa liberdade é o que nos prende

Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
O nosso amor está acima das coisas...deste mundo

Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Eu espero, por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntas
Mais uma vez

Perder um bebê..

Perder um bebê...
É como acordar e ver que tudo não passou de um sonho;
É como voltar de marcha-ré todo o caminho já percorrido;
É voltar a ser uma pessoa “comum” depois de um tempo se sentindo “especial”;
É ter que esperar passar o tempo para se sentir melhor;
É sentir que tudo ficou sem graça;
É saber que isso acontece, com muitas pessoas, mas não sentir alivio por não estar sozinha!, e é péssimo!
É sentir solidão porque já havia se acostumado em vê-lo todos os dias.
É procurar a causa da perda mesmo sabendo que não dá para encontrar;
É alternar fases de não querer mais engravidar com outras de desejar conceber imediatamente;
É ter acreditado que comigo não aconteceria esse imprevisto e perceber que essa sensação de proteção é falsa;
É conhecer mulheres que engravidaram na mesma época e observar seus bebes no colo e o seu não estar mais ali;
É sofrer sozinha, apesar do apoio da família e dos amigos;
É ter que encarar de frente a sensação de incompetência;
É exercitar a paciência para esperar o que o destino está guardando;
É sorrir, mas o coração esta em pedaços, e ter que caminhar com uma saudade infinita no peito...
(Desconheço o autor)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Dor insuperável..."

Anjo amado, faz hoje dois meses que viestes ao mundo; dois meses que te senti por milésimos segundos ao meu lado, que beijei sua face e te pedi para que não chorastes tanto pois estava ao seu lado.
Pois é, fiquei tão pouco tempo ao seu lado que não tive a oportunidade de sentir seu cheiro, de tocar na sua pele e nem de ninar você em meus braços; mas foi tempo suficiente para amar-te pro resto da vida e reconhecer-te onde quer que estejamos.
Anjo, as coisas não estão faceis por aqui, a mamãe vive em constante dilema pois luto todos os dias contra as minhas vontades, pois se dependesse de mim, não mais levantaria da cama para nada.
Lembra-se dos pássaros que não estavam cantando, pois então, voltaram a cantar, anunciando que outra estação está prestes a chegar, mas o que eles não sabem é que anunciam também minha tristeza ao mundo, eles veem o quanto choro e sofro e então cantam para que todos saibam que necessito de ajuda.
Filho amado, anjo da minha vida, não sei até quando vou viver assim, mas todos os dias quando acordo sei que não será mais um dia em minha vida e sim menos um dia de saudade, pois um dia estaremos juntos novamente e ai sim poderei tocar você, te abraçar, te beijar e cantar para você, não será como sonhei mas neste dia não sentirei mais meus braços vazios a te procurar............
 


                                    ENZO LUIZ - MAMÃE TE AMA......

sábado, 11 de setembro de 2010

Aos bebês que dormem embalados pelo doce som da voz de Deus...

Aos bebês que dormem embalados pelo doce som da voz de Deus...

"... O lugar aonde estão, pertence somente aos que não conheceram o pecado e as vergonhas deste mundo, é um lugar onde não há dor, nem choro, só existe a alegria e o contentamento. Repousam sobre os braços daquele que os criou, pois a Ele é que pertencem, jamais foram nossos de verdade, pois os filhos são herança de DEUS... "

"Herança do Senhor são os filhos,
o fruto do ventre é o seu galardão."
Livro de Salmos, capítulo 127, versículo 03


"...Brincam , sorriem e como em um Coral de Anjos eles cantam louvores a Deus. Já não são mais humanos, são anjos de Deus. Hoje eles habitam nas alturas dos céus, vivem na presença do Rei dos Céus. Foram escolhidos de Deus, o Senhor os amou de tal maneira, que os guardou para si , para que jamais conhecem os infortúnios e sofrimentos desta geração. Assim aquele que habita nos esconderijo do Altíssimo os requereu de nós, para que fossem eternamente conservados na pureza de alma, e na inocência de coração... "

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Música "Perdas necessárias"

Deixa partir
O que não te pertence mais
Deixa seguir o que não poderá voltar
Deixa morrer o que a vida já despediu
Abra a porta do quarto e a janela
Que o possível da vida te espera
Vem depressa que a vida precisa continuar
O que foi já não serve é passado
E o futuro ainda está do outro lado
E o presente é o presente que o tempo quer te
entregar

Fala pra mim
Se achares que posso ouvir
Chora ao teu Deus se não podes compreender
Rasga este véu do calvário que te envolveu
Tão sublime segredo se esconde
Nesta dor que escurece o horizonte
Que por hora impedem os teus olhos de contemplarem
O eterno presente do tempo
O ausente o presente em segredo
Na sagrada saudade que deixa continuar

Deixa morrer o que a morte já sepultou
Deixa viver o que dela ressuscitou
Não queiras ter o que ainda não pode ser
É possível crescer nesta hora
Mesmo quando o que amamos foi embora
A saudade eterniza a presença de quem se foi
Com o tempo esta dor se aquieta
Se transforma em silencio que espera
Pelos braços da vida um dia reencontrar...